Incentivar a leitura e a produção de poemas;
Melhorar a autoestima dos alunos.
Desvendando Patativa em três passos
1º - Quem é Patativa de Assaré para que eu assista esse curta?
De pronto, ouvimos os alunos anunciarem: é poeta, é cordelista, é
um repentista e, por aí, saiu os mais brilhantes qualificativos
para
um humilde poeta de rua, poeta popular que canta e encanta com seu
cordel escrito na língua do povo.
2º - Qual sua formação acadêmica?
A natureza foi seu livro e escola, pois aquele que nunca viu
escola, hoje nos ensina a arte do cordel.
3º - Qual sua profissão?
Trabalhador rural, sertanejo roceiro. A roça era seu local de
trabalho.
3º - Qual sua fonte de inspiração?
A roça era, também, sua fonte de inspiração para produzir seus
Cordéis. Ele cantou a vida e a terra de uma gente sem leitura.
Palavras finais - "se ele pode, eu também posso". Alguns alunos,
desse
dia em diante, por iniciativa própria, passaram a escrever poesias
e cordéis e os exibiram na sala de aula para os colegas.
A literatura de cordel mostrou-se significativa para se trabalhar com a oralidade em sala de aula, pois a variedade linguística do cordelista Patativa do Assaré incentivou os alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) a produzirem textos verossímeis de seu cotidiano. Segundo os alunos e alunas da EJAI - Ensino Médio da EREM - Joaquim Nabuco, se é possível para o poeta usar a variedade linguística sem sofrer discriminação por falar e escrever assim, é também possível para eles. Assim disseram alguns alunos: "se ele pode, eu também posso". Essa afirmação enfatiza a identidade entre o cordelista Patativa do Assaré e os alunos da EJAI, foi o que se pode perceber durante a exibição do curta em sala de aula, com a participação de 20 alunos do EJAI-Ensino Médio.
