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Cuba, A Revolução e o Mundo - Episódio Os combatentes
De null, Mick Gold
1959. Fidel Castro assume o poder. A ilha, localizada a apenas alguns quilômetros da costa estadunidense se torna um ponto estratégico da Guerra Fria.
Entre a hostilidade dos Estados Unidos e o apoio, por vezes amplo, da União Soviética, Cuba se recusa a ser um mero peão nesse xadrez político e toma frente ao lado de movimentos de libertação ao redor do mundo, na Argélia, na Bolívia e em Angola, construindo seu próprio caminho na cena internacional.
Desde o início, Cuba concebeu sua revolução em escala mundial. Fidel Castro e Che Guevara estão decididos em posicionar Cuba na vanguarda dos movimentos de libertação nacional e anti-imperialistas da África e da América Latina. Mas antes, o país precisa fazer frente ao contexto de embate entre as duas potências.
Obrigada a ter que se defender dos ataques dos Estados Unidas, executados pela CIA (que chegam ao ápice na invasão à Baía dos Porcos), Cuba aceita abrigar mísseis soviéticos, o coloca o mundo a beira da guerra nuclear. Mas o desdobramento deste episódio - a decisão unilateral da União Soviética de retirar os mísseis - leva Cuba a se abster desse conflito, e criar seus próprios meios, no contexto do movimento dos países não-alinhados.
O país aumenta seu apoio aos movimentos de libertação ao redor do mundo: ele declara apoio ao líder da revolução na Argélia, Ben Bella, envia tropas ao Congo, manda guerrilheiros insurgidos à Bolívia...
Fiel à palavra de ordem do Che, de criar "vários Vietnams", Cuba parece estar presente em todo lugar. A tenacidade e o ardor deste pequeno país é surpreendente. E um dos maiores exemplos de sucesso da ação internacional de Cuba é em Angola, onde seu papel será determinante para o fim do Apartheid na África do Sul.
Porém, quando a União Soviética entra em colapso, é a própria revolução cubana que está ameaçada...
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